Para denunciarmos, para perdoarmos, mas para jamais esquecermos!
Resumo da História da CART 3503
Album de Fotos da CART 3503
Letra do ex-Alf. Mil. Op. Esp. António Silvestre, música e interpretação do seu filho Miguel Silvestre.
Prefácio
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publicada por José Caseiro
Etiquetas: Guerra Colonial, Moçambique, Mueda
publicada por José Caseiro | 01:41
Que saudades daquela Mueda.Era mesmo terra de Guerra.Pobres de nós jovens que por lá passamos o melhor da nossa juventude.MUEDA,ainda hoje só me deixa dormir drogado,caso contrário,não consigo pregar olho.Estive convosco no mesmo quartel,sei bem dos vossos feitos,feitos que só quem por lá passou como nós,é capaz de avaliar.Porque,contado a quem teve a sorte de por lá não ter passado,por vezes parecem historias da carochinha.Gostei de ver jovéns do meu tempo,pois como era boa aquela idade,não é verdade?Ainda não me apresentei,vou fazê-lo:Sou o José Pinheiro,pertenci à equipa do SRT(ESCUTA).Lembrais?Como podeis ver,eramos vizinhos,pisavamos o mesmo terreno,o mesmo espaço,a mesma parada.Já lá vai muito tempo,mas jamais vou esquecer os bons e maus momentos.Um abraço.José Pinheiro.
Mueda, palavra mágica, á volta da qual toda a nossa vida girou durante a comissão e, certamente, irá pedurar na nossa memória, para sempre, mesmo passando o que passamos, só lamentamos aqueles que lá no poder, parecem ter vergonho dos que por lá passaram.Pese quantos não voltaram, é com um sentimento de orgulho que hoje recordamos os amigos que nos bons e nos muitos momentos maus que tivemos de enfrenter em conjunto, que solidificamos uma forma de vida mais solidária do que a mioria desses pretensos poderosos nunca experimentaram. Refiro-me á solidariedade forjada em condições tão adversas como as que Mueda e suas picadas nos proporcionaram.Um grande abraço ao Caseiro.António P. Almeida, último cap Cart 3503.
Estive em Mueda durante 8 dias (felizardo, uma gota de água no mar de tempo de outros que por lá andaram) em Dezembro de 1973, pois tinha vindo desde Nairoto a comandar a escolta a uma coluna de reabastecimento que de Mueda deveria seguir para Mocimboa do Rovuma. Sendo a minha companhia ainda checa (tinhamos chegado em Outubro desse ano), o oficial do comando decidiu que ficariamos em Mueda, eu e a minha secção, cabendo apenas aos cocuanas a escolta para Mocimboa e volta. Foi uma semana de noites mal dormidas, sempre à espera de ouvir os silvos de morteiro ou dos 122, e quando ao amanhecer pensavamos descansar eramos sobressaltados pelo barulho dos Fiat's a atroar os ares para a patrulha do vale, em voo rasante sobre o barracão em que ficamos "hospedados" durante aqueles dias.Regressámos sem problemas, com os camaradas de Nancatari a cuidar da picada até Muirite, e o resto do meu pelotão a levar-nos daí para "casa", em Nairoto.Tive sorte, mas compreendo os camaradas que passaram largos meses em Mueda, e daqui lhes envio um abraço de solidariedade, bem como ao pessoal dos "Speedys" de Nancatari.Fui furriel miliciano na 2ªCCaç do BCaç 4812/73 (um batalhão de açoreanos), e passei 4 meses no destacamento de Muirite, estando lá na altura do rebentamento da ponte pela Frelimo, em Abril de 1974.
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